Admitem experimentados observadores que a candidatura do governador Cid Gomes ao Senado seria a melhor solução para a presidente Dilma Rousseff resolver o “imbróglio” cearense nas próximas eleições. Além de criar ampla perspectiva para manter unida a base de apoio que deu à candidata do PT excelentes números na eleição passada, abriria o caminho do entendimento para a superação das dificuldades entre o Pros e o PMDB, contentando também o PT, terceira viga de sustentação da aliança que tem dado mais do que o essencial para o governador não ser importunado com oposição.
Vale ressaltar que uma chapa com Cid concorrendo ao Senado e Eunício, ao governo, além de tornar a disputa eleitoral bem menos onerosa, inviabilizando outras candidaturas, atenderia também o desejo de glória do deputado José Guimarães como primeiro suplente de um futuro ministro, o que lhe garantiria o mandato por quatro anos com chance de reeleição. Seria a melhor maneira para se processar o ajustamento total de aliados em litígio.
Se vitoriosa, essa conjunção partidária daria ao PT mais dois senadores: Catanho, assumindo o resto do mandato de Eunicio, e Guimarães ocupando “pro tempore”, a vaga de Cid, para ao lado de José Pimentel, reduzir a correlação de forças contrárias no Senado da República. O prêmio mais desejado pelos petistas do Ceará e de Brasília é alijar dessa disputa o tucano Tasso Jereissati, que dificilmente se aventuraria a candidatar-se sem uma ruptura no bloco governista. Oferecer um palanque digno a Aécio Neves, no Ceará, será um desafio com cara de pesadelo para quem está à frente da coordenação da campanha do candidato do PSDB à presidência da República. Um desafio que poderá tornar mais doloroso o desconforto da derrota para os Ferreira Gomes, e aumentar o regozijo de Lula e seus “companheiros”. ( Fernando Lima)
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