Pesquisa a esta altura mostra o nível de conhecimento dos candidatos. Natural, portanto, que Eunício Oliveira (PMDB) esteja na frente no Vox Populi, pois foi o único candidato majoritário em eleição estadual - Domingos Filho (Pros), vice, não era o puxador de votos. Também natural que Luizianne Lins (PT), por oito anos chefe do Executivo na Capital, venha a seguir.
Na pesquisa espontânea, 71% não sabem em quem votar, 8% optam por branco ou nulo e 5% mencionaram Cid Gomes (Pros), que não poderá concorrer ao governo. Ou seja, 84% não mencionaram possível concorrente, a quatro meses de a campanha começar. Está tudo muito aberto.
Os pré-candidatos do Pros não têm desempenho que impressione, mas os percentuais são até bons, dado o nível de conhecimento de alguns. Sobretudo de Mauro Filho (16%) e Domingos Filho (15%). Com respaldo do Palácio da Abolição, contudo, qualquer deles seria candidato viável. Basta observar que os patamares são superiores aos de Roberto Cláudio (Pros) e Elmano de Freitas (PT) no início da campanha de 2012, em Fortaleza, quando ambos fizeram o 2º turno.
A maior rejeição de Luizianne não surpreende, vide desgaste - que não foi pouco - de oito anos em Fortaleza. Já para Eunício, a baixa rejeição somada ao alto conhecimento é uma das melhores notícias.
Tasso Jereissati (PSDB) tem 43% das intenções de voto para o Senado e, para 39% dos eleitores, seu apoio aumenta a chance de o candidato receber seu voto. Dos líderes locais, é aquele com maior capacidade pessoal de influenciar a eleição, segundo o Vox Populi.
Foi estranho a pesquisa só incluir Roberto Pessoa (PR) e Nicole Barbosa (PSB) entre os candidatos ao Senado. Ambos têm dito que concorrerão ao governo e, por ora, não cogitam disputar vaga de senador. Também estranho o Psol ficar de fora. O partido terá candidato. Dificilmente entram para vencer, mas interferem no cenário.
Dilma Rousseff (PT) tem 45% na pesquisa espontânea. Espantoso, basta comparar com os 7% que Eunício Oliveira (PMDB) - líder absoluto na consulta para governador - tem de respostas espontâneas. Claro que há muitíssima água para rolar, mas o candidato que não tiver apoio da presidente terá trabalho para se viabilizar, enquanto aquele que tiver seu respaldo largará com um baita trunfo.
Cid Gomes tem avaliação ótima ou boa para 46% dos pesquisados, regular para 38% (sendo 27% “regular positivo” e 11% “regular negativo”). Ruim e péssimo somam 13%. Resultado melhor que o do CNI/Ibope do fim do ano passado, que lhe dava 38% de ótimo ou bom.
Érico Firmo/O POVO
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