O deputado federal e ex-presidente da Câmara na época do mensalão, João Paulo Cunha (PT-SP), deixou explícito, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo deste domingo (26), que guarda mágoa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por causa da omissão do colega de partido durante o julgamento.
Cunha também voltou a criticar o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, pela "falta de civilidade, humanidade e cortesia" após encerrar seu processo.
O petista disse, no início, não guardar mágoa de ninguém após a condenação no julgamento do mensalão, mas usou da ironia para criticar quem o abandonou durante o processo: "Sempre digo que você tem muitos amigos na subida, mas na descida você só tem os verdadeiros porque os outros abandonam você". Em seguida, Cunha agradeceu o apoio dos militantes do PT pela solidariedade e se queixou da postura do ex-presidente Lula.
Questionado se foi respaldado pelo seu partido e por Lula após o caso estourar, Cunha afirmou: "Sobre o presidente Lula, a pergunta deve ser dirigida a ele e sobre a direção do PT, deve ser dirigida à Executiva Nacional". Após nova pergunta sobre sua relação com o ex-presidente, o deputado foi evasivo e disse que se sentiu "respaldado pelo PT".
Por fim, quando perguntado se manteve alguma relação com Lula durante o processo do mensalão, Cunha deixou claro seu ressentimento com o colega de partido: "Acho que isso é bom você perguntar para ele".
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