A presidente da República diz que a população quer um Estado mais eficiente. Analistas veem discurso como campanha à reeleição
Em meio à série de reportagens do Correio sobre o descompasso entre o volume de impostos arrecadados e a qualidade dos serviços prestados no Brasil, a presidente Dilma Rousseff usou as redes sociais para divulgar uma mensagem de fim de ano direcionada aos servidores públicos federais. Dilma diz ser preciso responder às cobranças dos manifestantes que tomaram as ruas em todo o país este ano para protestar, principalmente em junho.
O Estado brasileiro, afirmou ela, deve oferecer serviços públicos de qualidade para todos, promovendo inclusão social e cidadania. “As vozes dos que foram às ruas querem melhores serviços públicos, mais médicos, mais educação, mais transporte de qualidade, mais segurança”, discorreu a presidente. “Cabe a todos nós, servidores públicos, responder a essas vozes”, completou ela, classificando 2013 como um ano de “trabalho árduo e também de muitas conquistas”.
As declarações de Dilma não mudam em nada a precária realidade encontrada pelos contribuintes nos órgãos públicos, no entender da economista e professora da Fundação Getulio
Vargas (FGV), Virene Matesco. “É óbvio que isso não passa de uma tentativa de jogada de marketing às vésperas do ano eleitoral. E a própria Dilma sabe disso”, avalia. “A verdade é que os governos nunca demonstraram interesse algum em melhorar os serviços prestados aos cidadãos”.
O Brasil, comenta a professora — e todos os brasileiros sabem —, não tem problema de receita. Em 2013, o Estado terá arrecadado
R$ 1,62 trilhão em impostos, um novo recorde anual. “Não somos um país pobre, somos um país mal administrado. É como aquele cidadão que ganha bem, mas nunca consegue fazer poupança e vive endividado”, compara ela, para quem os serviços públicos não são apenas ruins, mas péssimos.
Em junho deste ano, a revolta com essa constatação de Virene levou, em um único dia, mais de 1 milhão de brasileiros às ruas, em plena realização da Copa das Confederações. A corrupção e os gastos com a organização da Copa do Mundo de 2014 também foram alvos dos manifestantes. O simbolismo dos números grandiosos e a força das imagens das multidões pegaram de surpresa as autoridades, que chegaram a esboçar reações, mas, de fato, pouco ou quase nada mudou desde então.
O Estado brasileiro, afirmou ela, deve oferecer serviços públicos de qualidade para todos, promovendo inclusão social e cidadania. “As vozes dos que foram às ruas querem melhores serviços públicos, mais médicos, mais educação, mais transporte de qualidade, mais segurança”, discorreu a presidente. “Cabe a todos nós, servidores públicos, responder a essas vozes”, completou ela, classificando 2013 como um ano de “trabalho árduo e também de muitas conquistas”.
As declarações de Dilma não mudam em nada a precária realidade encontrada pelos contribuintes nos órgãos públicos, no entender da economista e professora da Fundação Getulio
Vargas (FGV), Virene Matesco. “É óbvio que isso não passa de uma tentativa de jogada de marketing às vésperas do ano eleitoral. E a própria Dilma sabe disso”, avalia. “A verdade é que os governos nunca demonstraram interesse algum em melhorar os serviços prestados aos cidadãos”.
O Brasil, comenta a professora — e todos os brasileiros sabem —, não tem problema de receita. Em 2013, o Estado terá arrecadado
R$ 1,62 trilhão em impostos, um novo recorde anual. “Não somos um país pobre, somos um país mal administrado. É como aquele cidadão que ganha bem, mas nunca consegue fazer poupança e vive endividado”, compara ela, para quem os serviços públicos não são apenas ruins, mas péssimos.
Em junho deste ano, a revolta com essa constatação de Virene levou, em um único dia, mais de 1 milhão de brasileiros às ruas, em plena realização da Copa das Confederações. A corrupção e os gastos com a organização da Copa do Mundo de 2014 também foram alvos dos manifestantes. O simbolismo dos números grandiosos e a força das imagens das multidões pegaram de surpresa as autoridades, que chegaram a esboçar reações, mas, de fato, pouco ou quase nada mudou desde então.
Correio Braziliense
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