O governador Cid Gomes (Pros) afirmou às páginas amarelas da revista
Veja desta semana que empreiteiras e construtoras no Brasil inteiro se
unem para superfaturar obras públicas e “tirar dinheiro do Estado”. Ele
disse ainda discordar da principal bandeira do seu novo partido, a
redução de impostos.
“Os cabras juntam quatro ou cinco
construtoras grandes e se acertam no Brasil inteiro: ‘Você fica com o
metrô de São Paulo, eu fico com o de Brasília e eu com o de Fortaleza’.
Chegam aqui na cara de pau para dizer o resultado da licitação que você
ainda vai fazer. Aí, o governo tem que lutar para ter gente interessada,
atrair concorrentes”, disse o governador, citando a obra na Capital.
“Só
nessa linha leste do metrô foram sete ações judiciais, todas para
impedir a participação de alguém. E o Estado sempre querendo o maior
número de participantes. Entre o preço orçado e o preço que no final
ganhou, consegui economizar 200 milhões de reais. Mas foi uma batalha.
Todo mundo só quer ganhar o seu, tirar um pedaço do dinheiro do Estado”.
Cid
afirma ter conseguido evitar o superfaturamento da licitação. “Nesse
caso do metrô, economizei dinheiro e, o mais importante, vou conseguir
concluir a obra no meu governo. Mas é difícil demais, homem. O
projetista se junta com a construtora para acertar sobrepreços. O
concreto é superestimado, o asfalto é superestimado. É brabo, amigo”.
Impostos
Com
relação ao Partido Republicano da Ordem Social (Pros), Cid se
posicionou contra a redução da carga tributária, pela qual o Pros diz
lutar como principal bandeira. “No absoluto, isso contrasta com o que eu
penso. Defendo a necessidade de um Estado forte. E Estado forte
pressupõe impostos”. Mesmo assim, Cid diz que o Pros foi “a melhor
escolha possível” para ele depois de ter sido “forçado a deixar o PSB”
por não concordar com a candidatura do presidente do partido, Eduardo
Campos, à Presidência da República.
Questionado sobre o
temperamento de Ciro Gomes (Pros), secretário estadual da Saúde, Cid
disse que o irmão “é um cara extraordinário, mas é inegável que tem um
pavio curto que o impediu de chegar mais longe”, em referência ao cartaz
que rasgou durante manifestação.
O POVO
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