Apesar da vontade de alguns socialistas, o PSB do governador Eduardo Campos não vai entregar os cargos que possui no Governo Federal em setembro, como sugeriu o presidente do partido em São Paulo, o deputado federal Márcio França. Um aliado do governador Eduardo Campos afirmou que essa discussão não está na pauta da legenda, pelo menos por enquanto. Embora a candidatura de Campos já seja dada como certa, interlocutores dele alegam que o partido não vai fazer esse movimento antes de analisar qual o real cenário da eleição presidencial do próximo ano.
Internamente, líderes da legenda também entendem que a postura do PSB sobre a candidatura presidencial não é porque há uma posição contrária à gestão petista, mas em virtude de um projeto do partido. Atualmente, a legenda do governador tem dois ministérios: o da Integração Nacional, que é administrado por Fernando Bezerra Coelho e a Secretaria dos Portos, com Leônidas Cristino. O partido ainda indicou o presidente da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), João Bosco Almeida. Ontem, ao cumprir agenda no município de Caruaru, o governador foi questionado pela Imprensa local sobre o assunto, mas disse que esse debate ainda não foi feito no PSB.
De acordo com uma fonte do partido, o movimento iniciado em São Paulo pelo deputado federal Márcio França para alavancar a candidatura do governador, tem o objetivo de fortalecer a chapa do PSB no estado. O partido quer atrair nomes fortes para a disputa proporcional e o estímulo a uma candidatura majoritária a nível nacional teria reflexo na formação de chapas. Além disso, Márcio França, de acordo com um graduado socialista, quer ser candidato a governador de São Paulo e esse movimento também visa fortalecer seu nome para o pleito. Inclusive, a candidatura dele já é dada como certa nas hostes socialistas. Com a postulação de França, o PSB teria um palanque para o governador em São Paulo.
PERNAMBUCO
Essa semana, o governador reuniu os deputados estaduais pernambucanos para discutir os rumos da eleição proporcional. O pedido partiu do deputado Ângelo Ferreira. Segundo um socialista, há uma preocupação dos parlamentares com o projeto de Eduardo. “Eles queriam saber se Eduardo vai ser candidato ou se não vai ser e o governador disse: ‘eu não vou deixar vocês (se houver uma disputa presidencial)’”, revelou a fonte.
Folhape
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