quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Igreja quer beatificar Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança

A Igreja Católica quer beatificar a médica pediatra e sanitarista Zilda Arns, vítima do terremoto que devastou o Haiti em 2010. Ela morreu aos 75 anos.
O processo para a beatificação será aberto em 2015, segundo o arcebispo da Paraíba e presidente do conselho diretor da Pastoral da Criança, dom Aldo Di Cillo Pagotto. Há uma norma da Igreja Católica na qual os pleitos de beatificação e santificação só podem ser apresentados à Santa Sé após cinco anos da morte.
Zilda é reconhecida internacionalmente pela criação das pastorais da Criança e do Idoso e pela atuação nessas entidades beneficentes. "Há o desejo de que as virtudes de dra. Zilda sejam reconhecidas", afirmou dom Aldo em entrevista à Rádio Vaticano.
Caberá ao arcebispo de Curitiba, dom Moacyr Vitti, postular oficialmente o pedido após obter autorização da Congregação dos Santos. Não há prazo para conclusão do processo.
"[Uma vez autorizados] começaremos a coletar os testemunhos, que são imensos, de casos de salvação e também de todos os ensinamentos, das práticas da dra. Zilda", disse dom Aldo à rádio.
Para o arcebispo, que diz crer que o pleito terá fácil aprovação, o que importa é o gesto de valorização e reconhecimento das virtudes da médica e do legado deixado para as duas pastorais.
Flávio Florido-7.nov.2002/Folhapress
Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, morreu em 2010 durante terremoto no Haiti
Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, morreu em 2010 durante terremoto no Haiti
PASTORAL
Fundada em 1983, a Pastoral da Criança completou 30 anos em 2013. Atuando no combate à mortalidade infantil e na melhoria da qualidade de vida das famílias, a entidade está presente em todo o Brasil --onde agrega cerca de 200 mil voluntários-- e em mais 21 países da América Latina, África e Ásia.
"São práticas tão exitosas que hoje consistem em políticas públicas", afirma dom Aldo durante a entrevista.
Zilda Arns morreu durante o terremoto que atingiu o Haiti em 12 de janeiro de 2010. Ela estava em Porto Príncipe para uma missão humanitária e discursava no momento em que a tragédia aconteceu.
A médica era empenhada em causas ligadas ao combate à mortalidade infantil, desnutrição e violência familiar. Foi indicada ao prêmio Nobel da Paz em 2006.

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