A crise entre PMDB e PT se agrava publicamente a cada dia. Na última quinta-feira (18), a ausência de todos os parlamentares peemedebistas na visita da presidente Dilma a Fortaleza foi sentida. Em entrevista ao jornal Aqui CE, o deputado estadual Perboyre Diógenes (PMDB) explicou que a falta de seus companheiros é uma reação ao mal estar gerado entre os partidos da base aliada.
“Nenhum deputado esteve lá para prestigiar a visita da presidente Dilma devido aos últimos acontecimentos no cenário nacional. Primeiro foi a proposta de realizar um plebiscito para decidir sobre a convocação de uma constituinte exclusiva para debater a reforma política. Em seguida, a falta de consenso na indicação do relator da proposta”, frisou. para o parlamentar, outra importante questão do desconforto entre os partidos está na indefinição dos palanques estaduais.
“Esse é o resultado do desprestígio que ela [Dilma] dedica ao PMDB”, destacou o deputado federal Genecias Noronha. Segundo ele, a grande maioria do partido está insatisfeita com a gestão. “Nós, do PMDB, não conseguimos falar nem com os ministros para expor ideias, quanto mais com a presidente. Sinceramente, eu não me sentiria a vontade ao lado dela”, disse. Comentou-se a ausência do senador Eunício Oliveira, que, segundo a assessoria, está nos Estados Unidos cuidando dos problemas de saúde da filha.
Na linha de frente, juntos a Dilma e aos ministros Leônidas Cristino (Portos), Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social), estavam o prefeito Roberto Cláudio e governador Cid Gomes, além do deputado federal José Guimarães e do senador José Pimentel.
A aliança que elegeu a presidente atravessa seu pior momento, o que poderá implicar na construção dos palanques para 2014. Há rumores, dentro do PMDB, de que, por ser um partido de forças regionais, que extrai força dos estados e municípios, os petistas precisam estar atentos, ou o partido pode abandonar o projeto nacional com o PT.
Para o PMDB, em estados como o Ceará, Bahia, Rio de Janeiro e Pará, as candidaturas não serão sacrificadas a favor do PT. É preferível abandonar a aliança. ressalta-se, no entanto, que a tendência predominante é a manutenção do elo com Dilma e Michel Temer na vice-presidência no ano que vem. Porém, tudo depende do desenrolar dos fatos até lá.
Fonte: Aqui CE.
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