sexta-feira, 28 de junho de 2013

‘Onde estão as vozes da rua, que não estou ouvindo?’, ironiza deputado


“Onde estão as vozes da ma, que não estou ouvindo?”, indagou o líder do PTB na Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Campos Machado, autor da PEC 01/13 a emenda que atormenta os promotores de Justiça porque lhes tirar o poder de investigar prefeitos, secretários de Estado e deputados estaduais por improbidade.

Campos fez um pronunciamento irado da tribuna do grande plenário da Casa, na noite de quarta-feira. Àquela hora discutia-se a possibilidade de entrar em votação sua proposta, ideia que não o agradava porque menos de 24 horas antes, na Câmara, caiu a PEC 37 - outra emenda que enfraquecia o Ministério Público e acabou fulminada pelo grito das ruas.

Antes da explosão social os líderes do Legislativo paulista fecharam pacto para votar a PEC 01 só no dia 14 de agosto. Nessa ocasião, avalia Campos Machado, o clima era bastante propício para que sua emenda fosse aprovada. Até mesmo os promotores já previam o pior cenário.

Na sessão extraordinária de quarta-feira, ainda no calor da derrubada da PEC 37, o petebis-ta temia que o acordo com seus pares ruísse e a Assembleia, afinal, se curvasse à voz das mas. Desconfiado de que poderia sofrer revés contundente, pediu a palavra e, então, indagou. “Onde estão as vozes da ma, que não estou ouvindo?” “E as vozes dos prefeitos, dos ex-prefeitos, dos vereadores, onde estão?”, emendou, em referência aos políticos que o têm procurado para declarar apoio à sua PEC e se queixar de “abusos” das promotorias.

 Campos mirou o PSDB. “Em 20 anos de Assembleia jamais pensei que viveria um momento como esse, rebelião tucana”, disse. “A Assembleia não se chama Assembleia Legislativa do PSDB. Não posso  aceitar que ameacem até obstrução de projetos do governo para  quebrar acordo no Colégio de Líderes. ” Acordo é flecha lan!çada, não volta mais. Há aqui uniões estranhas”, provocou. “Tudo está acontecendo esta noite. Mas não aceito pressões, Pressão é boa em panela. Não  adianta arroubos, não adianta  falarem que vão ser radicais. Radieaiidade é assunto que também me pertence. Palavra é umaquestão de caráter. Se rompemos o acordo, se cedermos à po ição autoritária e mesquinha do PSDB, é melhor procurarmos outro caminho.”

Ontem, o líder petebista explicou. aO que eu quis dizer é  que não ouço na rua gente atacando a nossa TEC da Dígnidade. Quem ganha com a PEC é a sociedade e o próprio Ministério Público. Eu respeito as manifestações das ruas, mas sou contra vândalos. Quando todos os  ventos eram favoráveis à PEC  eu atendi o acordo de líderes para adiar a votação. Agora que a  PEC 37 foi derrubada os oportunistas vêm falar das ruas.A Casa ouviu a voz de Campos e a PEC não foi à votação. Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário