A Câmara dos Deputados concluiu ontem à noite a votação do projeto que altera a Lei de Drogas e assegura a internação involuntária de dependentes. Ontem, o PT tentou, em vão, derrubar o artigo que ampliou de cinco para oito anos a pena mínima para traficantes. A máxima continua sendo 15 anos. O PT apresentou destaque para tentar derrubar os oito anos e foi derrotado por ampla maioria. O texto agora segue para o Senado; se aprovado, vai para sanção da presidente Dilma Rousseff.
O PT sofreu outro revés e também não conseguiu impedir a aprovação da dedução de 6% do Imposto de Renda para quem fizer doações para tratamento e recuperação de usuários.
- Por esse projeto, vai ser preso todo mundo, qualquer usuário. O filho do pastor, o filho do padre. Tem que se prender quem está no comando, o capitalista, aquele que sai na coluna social - disse Paulo Teixeira (PT-SP), provocado por Espiridião Amin (PP-SC).
- Deputado Teixeira, pode explicar o que é filho do padre? - rebateu Amin.
- Não disse filho de padre. Disse filho de paroquiano - rebateu Teixeira, que havia dito inicialmente filho de padre.
O projeto prevê ainda a internação involuntária, que se dará por desejo da família, mas com o aval de um médico. O autor do projeto, Osmar Terra (PMDB-RS), comemorou o resultado:
- É uma vitória da sociedade. Aumentar a pena é fundamental para tirar da rua quem distribui droga para nossos filhos.
O Globo
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