O ilustre deputado mineiro Dr. Grilo – isso mesmo, Grilo – quer varrer da política uma bancada oculta, porém numerosa. Grilo apresentou um projeto para instituir uma espécie de ficha limpa para maconheiros, cocainômanos e afins. A proposta torna inelegíveis todos os dependentes e usuários de drogas.
Em seu texto, Grilo diz que, para ficar impedido de se eleger, o candidato não necessariamente precisar ter sido flagrado com drogas, ou seja, mesmo os que jamais responderam a processo ou tenham sido condenados por uso de substâncias ilícitas podem ser enquadrados na lei. Grilo só não explica como descobrirá se determinado candidato mantém tais hábitos questionáveis.
Grilo teme que a presença de usuários de drogas nos parlamentos e poderes Executivos do país abra brecha para interferência de traficantes na política nacional e justifica: “Imagine-se um traficante assediando (…) governantes, por ser ele um usuário de drogas. Seria praticamente impossível resistir e, por meio do sequestro da capacidade de livre manifestação da vontade do usuário, o império criminoso das drogas tem condição real e concreta de prevalecer e tomar de assalto os destinos de nossos governos, tornando toda a nação”.
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