O governador do Ceará Cid Gomes (PSB) pregou nesta quarta-feira "continuidade" da aliança com o PT para reeleger Dilma Rousseff em 2014 e fortalecer o partido para uma candidatura à Presidência só em 2018. Para Cid, que participa de evento do Instituto Braudel, em São Paulo, a eventual candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, interessa mais à oposição, que quer o governo dividido, do que ao PSB. Campos também é presidente nacional do partido.
"Eu não sou contra a candidatura de Eduardo. (...) A candidatura dele é muito incensada, mas isso não é sincero", disse Cid. E continuou: “Sou a favor de um projeto que o partido priorize seu crescimento regional e mantenha-se nesse ato de aliança que ajudamos a eleger. Esse para mim seria um plano A, não sei se esse é o plano do Eduardo” .
O governador do Ceará defendeu estratégia e união para o crescimento do PSB, e a consolidação de um "projeto nacional de partido", além de paciência para não começar campanha antes do tempo. "Quem acha que ganha eleição de véspera, vai perder", defendeu. “Sou a favor de um projeto nacional para o partido, mas que não devia ser agora a gente devia se fortalecer para disputar uma candidatura em 2018”, afirmou.
Quanto a Campos, Cid defendeu a continuidade do governo em Pernambuco, que teria que ser usado como "moeda de troca" para concorrer ao governo federal.
"Eduardo é o governador mais popular do Brasil e ninguém conhece melhor o seu governador do que o seu povo", defendeu.
Sobre o adiantamento da campanha presidencial de 2014, Cid acredita que ela aconteceu por motivos internos do PT. "Estava havendo muita intriga entre Lula e Dilma, e ele queria deixar claro que não era candidato", disse Cid, que criticou a postura do ex-presidente. "Antecipar (a campanha) para quem está no governo é ruim demais porque tira o tempo de governar."
Para Cid, a prioridade do PSD deveria ser aumentar seus quadros no Senado e reeleger seus governadores, que ainda podem ser reeleitos. Cid defendeu ainda a gestão de Ricardo Coutinho na Paraíba e quer aumentar o apoio a Camilo Capiberibe, no Amapá.
IG
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