Licitações vencidas por construtoras brasileiras na Costa Rica para execução de obras que tiveram o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva são investigadas por suspeita de corrupção e irregularidades, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira, 22.
O Ministério Público do país vai investigar a concessão, por 30 anos, da principal rodovia local à OAS, que desembolsará US$ 524 milhões. Estima-se que ela recupere o valor em cinco anos e arrecade US$ 4 bilhões na vigência do contrato.
O MP quer saber se houve tráfico de influência e enriquecimento e associação ilícitos. O inquérito se baseia em petição de advogados, segundo a qual o contrato tem "a finalidade de enriquecer a OAS". Os advogados também acreditam no pagamento de propina.
Uma das contestações de parlamentares da Costa Rica é deque o km da rodovia ficará muito cara, cerca de R$ 9 milhões. A preocupação é justificável quando se compara com o Brasil. Aqui, o km é apenas um terço desse valor.
Outra questão intrigante é que o atual ministro de Obras Públicas e Transportes, Pedro Castro, foi assessor na OAS antes de assumir o cargo.
O tráfico de influência pode ter ocorrido também em Panamá. Uma obra foi erguida pela Odebrecht, que segundo a Sociedade de Engenheiros do país superfaturou pelo menos R$ 480 milhões.
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