sábado, 30 de março de 2013

Salas vips em aeroporto de Brasília para parlamentares custam R$ 142 mil por ano


Os senadores e deputados federais possuem atendimento especial no Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasília. Ao todo, os aluguéis das salas vips somam R$ 142,4 mil ao ano. Os locais permitem a realização de check in e, quando necessário, resolução de problemas de embarque e extravio de malas dos parlamentares.
Do total, R$ 90,8 mil são referentes à Câmara dos Deputados. Além de apoio para o embarque e desembarque de deputados, a sala atende representantes de entidades civis, empresariais e sindicais que venham participar de audiência pública nas comissões permanentes da Casa, comitivas internacionais e servidores em viagem a trabalho. O valor mensal do aluguel é de R$ 7.569,33.
O aluguel da sala de atendimento vip dos senadores custa R$ 51,6 mil ao ano. No Senado Federal, segundo a assessoria da Casa, a sala se faz necessária em razão de a base política da maioria dos senadores não estar em Brasília, e sim nos seus estados de origem. Além dos parlamentares, a grande quantidade de pessoas, servidores e outros estados que vão à Casa também pode utilizar o local como ponto de contato.
Os ambientes reservados para as autoridades ficam em locais discretos, em geral, pouco visíveis aos passageiros comuns que esperam por vôos nos corredores do aeroporto. A sala usada pelos deputados, que tem 43 metros quadrados, e a sala do Senado, ficam localizadas atrás do balcão de atendimento da companhia aérea TAM.  Na área, normalmente, só transitam os funcionários da companhia e do próprio aeroporto.
Ao todo, o Senado possui 81 parlamentares e apenas três são provenientes do Distrito Federal. Dos 513 deputados federais, somente oito são do distrito brasileiro. O Senado representa os Estados e possui três senadores para cada unidade federativa do Brasil. Na Câmara dos Deputados, o número de cadeiras por Estado é proporcional à sua população, com o piso mínimo de oito e o teto máximo de 70 deputados.
Dessa forma, também é objetivo das salas de apoio garantir a permanência dos parlamentares por mais tempo no Congresso durante as votações ou debates mais longos nos plenários. No entanto, as principais companhias aéreas mantêm no Senado e na Câmara guichês para vendas de passagens e realização de check-in antecipado.
Além disso, até pela grande frequência com que viajam, parlamentares já são tratados pelas companhias aéreas como clientes preferenciais, o que lhes garante uma espécie de fila exclusiva nos aeroportos e atendimento diferenciado na hora de embarque.
Os montantes são pagos ao consórcio Inframerica, que desde o início de março atua sozinho na operação do Aeroporto Internacional de Brasília. O grupo foi o vencedor do leilão que definiu o responsável por ampliar e operar o local. Desde dezembro, o Inframerica vinha operando, mas sob supervisão da estatal Infraero, que até então era a responsável pelos serviços.
Vale ressaltar que o valor encontrado nas notas de empenho é referente somente ao preço do aluguel das salas. A conta é ainda maior porque deve considerar o pagamento dos funcionários responsáveis pelo serviço de atendimento e as despesas com materiais de consumo. Além disso, também sai dos cofres públicos o próprio valor da passagem de deputados e senadores, já que os parlamentares têm direito de reembolso para gastos com atividade parlamentar. O salário dos congressistas é de R$ 26,7 mil.

Contas Abertas

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