Ao mesmo tempo em que trabalham para atrair partidos da base do tucano Aécio Neves, aliados de Eduardo Campos agem nos bastidores para aproximar ao máximo o socialista do senador mineiro. O plano, diz um interlocutor do governador de Pernambuco, é convencer Aécio de que uma eventual candidatura presidencial de Campos seria a chave para levar a disputa com a presidente Dilma Rousseff para um segundo turno.
Aécio e Campos mantêm um bom relacionamento de longa data. Há no PSB de Minas líderes que transitam há muitos anos dentro do grupo próximo a Aécio. Os socialistas avaliam que essa articulação pode ser impulsionada pelo que descrevem como um “incômodo” de Campos em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diante das investidas do petista em favor dos irmãos Cid e Ciro Gomes no Ceará. Lula já estabeleceu como uma das prioridades na articulação para a eleição do ano que vem barrar a aproximação entre o socialista e o tucano.
“Temos que convencer o Aécio de que ele só tem a ganhar com uma candidatura do Eduardo Campos”, disse um interlocutor de Campos. Segundo ele, o socialista teria condições de tirar votos de Dilma no Nordeste, enquanto Aécio dividiria o eleitorado no Sudeste e arremataria o Sul do País, forçando assim uma segunda etapa na eleição presidencial. Quem seguisse para o segundo turno, sugere, levaria então o apoio daquele que saísse derrotado.
Embora reconheçam que a tese é mais do que otimista, aliados de Campos dizem sonhar até mesmo com uma chapa que reúna PSB e PSDB. No melhor dos mundos, dizem, Campos estaria na cabeça da chapa e Antonio Anastasia, hoje governador de Minas, seria indicado por Aécio para o posto de vice.
IG
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