terça-feira, 5 de março de 2013

Aproximação de Eduardo Campos com Aécio é chave na estratégia do PSB


Ao mesmo tempo em que trabalham para atrair partidos da base do tucano Aécio Neves, aliados de Eduardo Campos agem nos bastidores para aproximar ao máximo o socialista do senador mineiro. O plano, diz um interlocutor do governador de Pernambuco, é convencer Aécio de que uma eventual candidatura presidencial de Campos seria a chave para levar a disputa com a presidente Dilma Rousseff para um segundo turno.

Aécio e Campos mantêm um bom relacionamento de longa data. Há no PSB de Minas líderes que transitam há muitos anos dentro do grupo próximo a Aécio. Os socialistas avaliam que essa articulação pode ser impulsionada pelo que descrevem como um “incômodo” de Campos em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diante das investidas do petista em favor dos irmãos Cid e Ciro Gomes no Ceará. Lula já estabeleceu como uma das prioridades na articulação para a eleição do ano que vem barrar a aproximação entre o socialista e o tucano.

“Temos que convencer o Aécio de que ele só tem a ganhar com uma candidatura do Eduardo Campos”, disse um interlocutor de Campos. Segundo ele, o socialista teria condições de tirar votos de Dilma no Nordeste, enquanto Aécio dividiria o eleitorado no Sudeste e arremataria o Sul do País, forçando assim uma segunda etapa na eleição presidencial.  Quem seguisse para o segundo turno, sugere, levaria então o apoio daquele que saísse derrotado.

Embora reconheçam que a tese é mais do que otimista, aliados de Campos dizem sonhar até mesmo com uma chapa que reúna PSB e PSDB. No melhor dos mundos, dizem, Campos estaria na cabeça da chapa e Antonio Anastasia, hoje governador de Minas, seria indicado por Aécio para o posto de vice.

IG

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