O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta segunda-feira, por meio de sua assessoria de imprensa, que já obrigou funcionários a devolver parte do dinheiro recebido por horas extras durante o período eleitoral do ano passado. O tribunal não detalhou, porém, quantos funcionários precisaram devolver o dinheiro.
Em três meses, o TSE gastou 9,5 milhões de reais em extras. Desse total, somente em novembro foram pagos 3,8 milhões de reais a 567 funcionários do órgão. Os rendimentos desses servidores no período variavam de 26 778,81 a 64 036,74 reais.
O TSE informou que vai voltar a analisar as despesas com pagamento de pessoal durante as eleições. Se houver indícios de irregularidades, outros servidores podem ser cobrados a devolver as horas extras indevidas. Não está descartada a abertura de uma sindicância para investigar os abusos.
Justificativas – De acordo com informações do tribunal, a despeito dos eventuais abusos no recebimento de horas extras, houve situações excepcionais durante as eleições do ano passado. Além do aumento natural da demanda por se tratar de uma eleição, o TSE lembrou ter havido uma greve dos servidores do Judiciário que atingiu também o tribunal e obrigou funcionários que não aderiram ao movimento a ampliar sua carga de trabalho.
O TSE citou ainda a greve dos Correios como fator preponderante para aumentar o trabalho de seus servidores. Com o atraso na remessa de recursos dos tribunais regionais eleitorais para o TSE, a carga de serviço se intensificou nos meses de eleição, acarretando maiores despesas com horas extras, segundo a assessoria de imprensa do tribunal.
O tribunal enviou dado mostrando que, mesmo com as horas extras abusivas, as eleições do ano passado foram as mais baratas desde 1996. Em 2012, o custo da eleição ficou em 2,81 reais por eleitor. Em 2008, o valor chegou a 3,75 reais.
(Com Estadão Conteúdo)
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