terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Pesquisa revela dados sobre a relação de crianças e adolescentes com a tecnologia


Que a tecnologia está intimamente ligada à vida das crianças e adolescentes em todo o mundo a gente já sabe. Mas como os mais jovens se relacionam com a internet, o celular, a TV e os videogames? A pesquisa Gerações Interativas Brasil - Crianças e Adolescentes Diante das Telas dá algumas pistas sobre o tema. O estudo foi lançado no fim de 2012 pela Fundação Telefônica, em parceria com o Ibope, a Escola do Futuro/USP e a Universidade de Navarra. Foram analisadas as respostas de mais de 4 mil entrevistados entre 6 e 18 anos, tanto do ensino público de ensino quanto da rede particular, vindos da zona urbana e rural de todas as regiões do país.

Segundo a pesquisa, 47% das crianças (de 6 a 9 anos) e 75% dos jovens (de 10 a 18 anos) costumam navegar na rede. Enquanto as crianças usam a internet principalmente para estudo, compartilhamento de conteúdos (como vídeos e fotos) e para ver páginas da web, os jovens priorizam enviar e receber e-mails, estudar e acessar sites, nesta ordem.

Entre os jovens, 82,2% declaram usar redes sociais, mas nem todos são sinceros no mundo virtual. Do total, 16,2% dizem fingir ser outra pessoa nos bate-papos com alguma frequência ou sempre.

O estudo traz também informações sobre outros comportamentos potencialmente arriscados entre os jovens. Cerca de 30% deles afirmaram já ter conhecido pessoalmente um amigo virtual e 31,7% dizem não receber qualquer supervisão dos pais enquanto estão conectados. Nesta faixa etária, 18,7% dos entrevistados relataram que seus pais não os proíbem de fazer ou dizer nada na internet. Mais da metade dos jovens, no entanto, é orientada a não transmitir informações pessoais - principalmente entre as meninas - e a não fazer nenhuma compra virtual.

O telefone celular também está cada vez mais presente na vida dos nativos digitais, para quem o aparelho chega cada vez mais cedo: mais de 60% dos jovens afirma ter ganho o primeiro exemplar antes de completar 12 anos. Entre os pequenos, 38,8% dizem ter o próprio aparelho e 23,4% usam os de outras pessoas, somando mais de 60% de crianças que utilizam celular. Na faixa entre 10 e 18 anos, os números são ainda mais representativos: 74,7% dos participantes têm o próprio celular e 5,2% usam os de outras pessoas, num total de quase 80%.

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