sábado, 5 de janeiro de 2013
Novo prefeito de Acopiara diz que município está "sucateado"
Do município de Acopiara, no Sertão Central, chega ao O POVO a sétima denúncia de dilapidação do patrimônio público e desmonte em prefeituras no interior do Ceará. O prefeito do município, Vilmar Félix (PSB), que assumiu o comando do Executivo Municipal no dia 1º de janeiro, denunciou que, desde o final das eleições do ano passado, quando o ex-gestor Antônio Almeida (PTB) não conseguiu eleger o seu sucessor, os serviços públicos foram abandonados, “deixando a cidade de Acopiara sucateada”.
Ontem, O POVO publicou que os prefeitos dos municípios de Cedro, Ipu, Itaiçaba, Milhã, Morada Nova e São Gonçalo do Amarante têm queixas semelhantes e reclamam da mesma problemática.
De acordo com as denúncias do prefeito de Acopiara, as secretarias municipais, especialmente a de Infraestrutura, estão “sem condição de trabalho, com veículos desmontados, sem peças e sem a mínima condição de reparo”. Além disso, segundo o gestor, a coleta de lixo deixou de ser feita no município e “o que se viu foram amontoados de lixo em toda cidade”.
Na tentativa de resolver o problema, o novo prefeito iniciou, no último dia 2, a operação “Acopiara Limpa”, em regime de urgência, para a retirada de lixo e entulho das ruas e avenidas. Segundo informações da assessoria de imprensa da Prefeitura, a licitação para contratação da empresa que fará a limpeza do município durante a gestão do peeessebista ainda está em curso.
Nos últimos dois dias de operação, conforme o secretário de Infraestrutura, Emídio Calisto de Araújo Neto, foram retiradas mais de oitenta toneladas de lixo. A operação teve início pelo centro da cidade e está em expansão para os bairros Moreiras, Vila Esperança, Vila Aroeiras, Bairro Calixto, Vila Palmeira e Nova Acopiara.
Surpresa
Antônio Almeida, no entanto, refutou todas as queixas e se disse surpreso com as denúncias vindas do novo prefeito. “Eu mesmo fui com ele em Brasília no gabinete do deputado federal (José) Guimarães para conseguir recursos e emendas para o município”, desabafou Almeida, acrescentando que não entendia o porquê da “perseguição” de Vilmar. “Ele tinha me dito que não tinha caça às bruxas, que não ia fazer perseguição”, completou.
De acordo com Almeida, nenhum serviço público deixou de funcionar e a transição entre as gestões foi realizada, conforme determinado em lei. “Todas as informações foram repassadas. Ele tomou conhecimento de tudo que estava havendo. Fizemos relatórios individualizados das escolas e dos postos de saúde”, detalhou.
“Se eu quisesse dilapidar ou fazer desmonte, não teria adquirido seis novos ônibus de transporte escolar para o município, mesmo depois das eleições”, disse, ao garantir que a coleta de lixo foi feita até o último dia de seu mandato, 31 de dezembro.
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
De quatro em quatro anos, quando ocorrem as transições de mandatos em alguns prefeituras , tem sido recorrente casos de desmonte nos Executivos Municipais. A maioria das queixas são dívidas deixadas por ex-gestor.
O POVO
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