quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Impasse na Câmara impede posse do prefeito de Horizonte


Um impasse configurado na Câmara Municipal de Horizonte impediu que o prefeito reeleito daquele município, Nezinho (PSDB), tomasse posse na noite de ontem. É que antes de o gestor assumir a administração municipal é preciso que seja eleita a nova mesa diretora da Câmara - o que não ocorreu naquela cidade da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

O imbróglio começou por conta de uma divisão dentro do novo parlamento horizontino. Os 15 vereadores eleitos se dispersaram em duas chapas - uma delas, com sete parlamentares; a outra, com oito nomes. Na manhã em que seria oficializada a vitória do grupo que detinha a maioria, descobriu-se que apenas uma das chapas havia sido registrada na Câmara - justamente a que era apoiada pela minoria dos vereadores.

A chapa que naturalmente venceria a disputa, encabeçada pelo vereador Antônio Carlos Gomes, garante que o registro foi feito dentro do prazo estipulado pelo regimento da Casa - pelo menos 48 horas antes da eleição. Já os parlamentares que encabeçam a chapa minoritária trazem outra versão para o caso.

De acordo com o assessor jurídico do grupo que tem à frente o vereador César Nogueira Junior - que teve o registro reconhecido pela Câmara - a chapa adversária registrou a candidatura à presidência da Casa “apenas no Fórum Cível de Horizonte”, o que, segundo ele, não tem validade. “Eles até deram entrada no registro, mas não na Câmara”, aponta o advogado Gil Nogueira.

Os vereadores que se dizem prejudicados, porém, alegam que o registro foi feito no Fórum porque a Câmara Municipal estava em recesso nos dias que antecederam a eleição. A partir de agora, a Justiça decidirá os rumos do parlamento de Horizonte. (Raquel Maia)

O POVO

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