terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Durante posse, prefeito de Recife exalta futuro político de Eduardo Campos


O novo prefeito de Recife, Geraldo Julio (PSB), disse nesta terça-feira (1º), em seu discurso de posse na Câmara Municipal, que "um lugar de destaque" espera o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), "no futuro político deste país".
Cotado para disputar a sucessão presidencial em 2014, quando encerra seu segundo mandato, o governador, mentor da candidatura socialista, acompanhava a solenidade. O público que assistia a sessão aplaudiu.
Geraldo Julio disse que Campos, a quem chamou de "jovem líder da política nacional", servirá de exemplo para sua gestão, tanto na sua atuação política, quanto na administrativa.
"É esse novo padrão de gestão pública que vamos buscar", afirmou. "O padrão inaugurado em nosso Estado pelo governador Eduardo Campos", declarou.
Ainda em seu discurso, o prefeito disse ainda que Recife passou "alguns anos, quem sabe décadas" vivendo "o tempo da desesperança". Hoje, afirmou, "a esperança voltou" para se transformar, em 2012, em "uma grande expectativa".
Para Geraldo Julio, a economia da cidade "precisa ter um caminho" e "organização". Em nenhum momento ele citou o PT, partido que administrou a capital por 12 anos e que tinha o próprio PSB no cargo de vice.
Rompidos durante a campanha, as duas siglas voltaram a se unir após a eleição, apesar da resistência de setores do PT pernambucano liderados pelo senador Humberto Costa e pelo deputado federal João Paulo, integrantes da chapa petista derrotada pelo socialista.
Sem citar nomes, Geraldo Julio mandou um recado a esse grupo em seu discurso: "A eleição acabou", disse. "Os palanques foram desmontados, o povo espera por ação", declarou, afirmando ainda que vai buscar "a paz política" na cidade.
O prefeito disse também ter "certeza" que poderá contar com a parceria da presidente Dilma Rousseff, segundo ele, "uma mulher brasileira que é exemplo de caráter e que guarda valores que serão caros à nossa gestão".
O socialista anunciou que sancionará ainda hoje os três projetos de lei encaminhados pela gestão passada a seu pedido e aprovada pelos vereadores no final de 2012.
Um deles extingue 632 dos 2.791 cargos comissionados da prefeitura. Outro, reduz de 24 para 22 o número de secretarias. O terceiro cria a lei geral das PPPs (Parcerias Público-Privadas) de Recife.
O prefeito afirma que está preocupado com a pequena capacidade de investimento da prefeitura, de aproximadamente R$ 200 milhões por ano, em um orçamento de R$ 4,5 bilhões.
O socialista prevê "um ano duro" do ponto de vista fiscal e acha que o Brasil precisa crescer ao menos 3% ao ano para os municípios sejam beneficiados.
Ele acha que a política de divisão de recursos entre os entes federativos deve mudar e defende uma reforma que reduza a concentração de recursos pelo governo federal e aumente a autonomia financeira dos Estados e municípios.

Folha

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