Em média, a cada minuto R$ 500 ilegais irrigam os cofres das 18 famílias que comandam o bicho na Capital e na Região Metropolitana.
O faturamento dos 18 do Forte, como os contraventores são chamados, chega a R$ 270 milhões por ano livres de impostos, naturalmente — um pouco menos do que o orçamento da prefeitura de Santa Cruz do Sul (de R$ 276 milhões), importante cidade agroindustrial de 118 mil habitantes.
É impossível identificar, com precisão, o volume envolvido nas operações dos bicheiros em todo Estado. Os dados apresentados por Zero Hora são projeções que têm como referência apreensões e operações realizadas pelo Ministério Público e pelas polícias Civil e Federal.
O grupo dos 18 do Forte também explora caça-níqueis (máquinas especializadas em ludibriar apostadores), mas inexistem informações confiáveis acerca da quantidade de aparelhos que operam e do montante de dinheiro que movimentam. É possível afirmar, sem margem de erro, que os lucros aferidos são muito superiores aos obtidos apenas com a exploração do bicho. Na região da Serra, uma investigação da Polícia Federal revelou que quatro quadrilhas de contraventores, responsáveis por 60 mil caça-níqueis, faturavam R$ 600 milhões anuais.
No último dia da série de reportagens, Zero Hora apresenta o perfil de dois bicheiros: Jorge Ivan Fontela Liscano, 56 anos, o Mão Branca, um dos 18 do Forte, e a história de Orlando Jacob Bellinaso, 80 anos, no ramo há meio século, que arrecada R$ 60 mil por dia com 104 pontos espalhados pela Fronteira.
Zero Hora
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