O deputado Ely Aguiar (PSDC) alertou no primeiro expediente da sessão plenária desta quarta-feira (21/11) para o nível de violência no Ceará que, segundo ele, “atingiu o pico” e criticou a “fragilidade” da segurança pública do Estado.
“Ficamos estarrecidos com a violência que toma conta deste Estado”, disse o parlamentar, contabilizando 33 assassinatos no último fim de semana em Fortaleza e região metropolitana. “Não estamos falando da Faixa de Gaza nem de um conflito em Serra Leoa”, comparou.
Ely Aguiar citou ainda uma série de crimes ocorridos no Estado nas últimas 24 horas. Conforme o relato do parlamentar, uma criança foi morta por uma bala perdida no Conjunto São Miguel, em Fortaleza, uma dupla de criminosos praticou dois assaltos consecutivos no município de Guaramiranga, uma joalheria foi assaltada no centro de Fortaleza e dois caminhoneiros tiveram as cargas roubadas e os veículos incendiados em estradas do Interior.
“Nunca se viu uma sensação de uma insegurança tão grande”, afirmou, ponderando que sabe da dificuldade que o Estado passa para formar bons policiais. “Ser policial não é profissão é uma vocação”.
Ely atribuiu parte do problema ao programa Ronda do Quarteirão, que na visão dele “está gradativamente desaparecendo”. “É um grande programa, mas está sendo retirado das ruas”.
Em aparte, o deputado Ferreira Aragão (PDT) concordou que os índices de criminalidade no Ceará estão altos e afirmou ainda que a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social “tenta esconder a situação”. De acordo com ele, os repórteres policiais são impedidos de ter acesso ao Instituto Médico Legal (IML). Com isso, conforme o pedetista, a única forma de ter informações sobre as mortes no Estado é por meio dos dados oficiais divulgados pelo Governo.
O deputado Fernando Hugo (PSDB) corroborou com o pronunciamento e parabenizou Ely. A deputada Eliane Novais (PSB) disse que é necessário um “plano de segurança pública de emergência” para combater o problema.
ALECE
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