Sem partido há mais de um ano, a ex-ministra do Meio Ambiente Mariana Silva criticou ontem o modelo partidário no qual "lideranças carismáticas" conduzem "as massas".
Ela disse que ainda não sabe se vai criar uma nova legenda para disputar a Presidência em 2014.
"Nós queremos algo novo, que a gente não sabe o que é. Não são lideranças carismáticas conduzindo as massas. É um ativismo autoral. As pessoas são autoras da sua militância política", disse.
Terceira colocada na eleição presidencial de 2010, com 20 milhões de votos, Marina está sem partido desde julho do ano passado, quando deixou o PV por divergências com a cúpula do partido, comandado pelo deputado federal José Luiz Penna.
Ontem, ela participou de um evento da campanha a vereador do empresário Ricardo Young (PPS), na zona oeste de São Paulo, único candidato da capital a quem declarou apoio explícito.
Marina disse que a criação de um novo partido ainda divide o movimento que lidera desde 2011.
"Estamos em um movimento transpartidário", disse ela. "Dentro desse movimento tem uma parte que sonha com um partido. Se isso tiver altura e profundidade para um dia o sê-lo, é legítimo que se crie. Mas o movimento teria que ser sempre muito maior."
Evangélica, a ex-ministra do Meio Ambiente no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não se pode misturar religião com assuntos de Estado, como tem ocorrido na eleição a prefeito de São Paulo neste ano.
Ela afirmou, contudo, ser contra a discriminação de religiosos na política.
"Não se pode discriminar nos processos políticos quem crê nem quem não crê", disse.
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