O horário eleitoral noturno, no ar desde o último dia 21, está superando em Ibope o "Jornal Nacional", tradicionalmente a segunda ou terceira maior audiência da TV aberta brasileira.
Até a noite da última quarta (5), 14 blocos de propaganda política haviam sido apresentados. Nove deles foram mais vistos do que as edições do telejornal da Globo que os precederam.
O "JN" só desbancou o bloco político no primeiro (21 de agosto), no décimo (31 de agosto) e no 11º dia (1º de setembro) de "concorrência". Houve ainda dois empates: um no dia 23 de agosto, quando a média arredondada dos programas foi de 25 pontos, e outro no dia 25 de agosto, quando ambos cravaram idênticos 22,6 pontos. Cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande São Paulo.
As 14 primeiras edições do programa jornalístico em novo horário (às 20h, meia hora antes do habitual) registraram média de 24,8 pontos (25, no arredondado), ante 25,6 (26, no arredondado) da faixa de propaganda política.
No acumulado do ano até o fim de julho, o "Jornal Nacional" tem 30 pontos de média. Ou seja: a queda com o começo da campanha na TV é de cerca de 17%.
O bom desempenho do horário eleitoral na Globo poderia ser atribuído ao sucesso do programa que o sucede, a novela "Avenida Brasil", uma das de maior repercussão da última década.
Mas uma análise detalhada dos números mostra que a audiência da propaganda política se mantém estável ao longo dos 30 minutos de duração do segmento. O que significa que a expectativa pelo começo da novela não infla artificialmente o Ibope dos reclames dos candidatos.
Nos três relatórios de audiência minuto a minuto a que a Folha teve acesso, a oscilação entre a média dos 15 primeiros minutos e a dos 15 últimos da faixa eleitoral é de, no máximo, 1,4 ponto para cima. (LUCAS NEVES)
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