O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), passou a tarde desta quinta-feira (21) em Goiânia e retornou a Brasília com 52 arquivos da Polícia Federal. Esses arquivos, segundo ele, contêm gravações que podem revelar novos personagens envolvidos com o esquema montado por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
“Essas gravações ampliam a nossa capacidade de investigação, com a possibilidade de análise das pessoas com prerrogativa de foro [governadores, parlamentares e outras autoridades]”, disse o relator.
Cunha foi a Goiânia para garantir que a CPMI tenha acesso a toda a investigação da Polícia Federal, inclusive gravações que não foram incluídas no inquérito sobre Cachoeira.
Novo juiz
Odair Cunha também conversou com o juiz Alderico Rocha Santos, que assumiu o processo contra Cachoeira nesta semana, depois que o juiz Paulo Moreira Lima pediu afastamento do caso. Lima teria sido intimidado por pessoas ligadas a Cachoeira.
Odair Cunha também conversou com o juiz Alderico Rocha Santos, que assumiu o processo contra Cachoeira nesta semana, depois que o juiz Paulo Moreira Lima pediu afastamento do caso. Lima teria sido intimidado por pessoas ligadas a Cachoeira.
O relator da CPMI informou que o juiz afastado já foi convidado para falar na comissão sobre as ameaças.
Cunha afirmou, no entanto, que a troca de comando não deverá influir no trâmite do processo. “O juiz Alderico está totalmente dedicado ao tema. Tenho certeza de que dará conta de produzir a instrução e o julgamento desse processo.”
Depois de uma semana sem reuniões, a CPMI do Cachoeira retoma na próxima terça-feira (26) o calendário de depoimentos. Deverão ser ouvidas nove pessoas ao longo da semana.
Agência Câmara
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